sábado, 14 de janeiro de 2012

Claudia Leitte é capa da revista ‘Dia-a-Dia’, confira!

Claudia Leitte é capa de mais uma revista nesse mês de janeiro, a revista da vez é Dia-a-Dia. A cantora posou para um ensaio fotográfico e concedeu uma entrevista. Confira a matéria:


Princesa da folia baiana


Falar com Claudia Leitte é missão quase impossível. Depois de inúmeras tentativas de entrevista, a cantora finalmente aceita receber a equipe da Dia-a-Dia em um quarto de hotel em São Paulo. O ambiente é extremamente pequeno para as 12 pessoas que disputam o espaço, entre assessores, maquiadores, produtores, assistentes, equipe de reportagem e o marido, que observa tudo e ajuda a organizar a agenda atarefada da artista. É no colo dele que ela dá pausa na sessão de fotos para devorar um iogurte. Claudia gosta de muita gente à volta. E de cuidados também.
No momento em que pisamos no quarto do hotel, a cantora recebia retoques na maquiagem e mal reparou quando a equipe chegou. Preferiu comunicar-se por meio dos assessores, que falavam baixo para não incomodá-la. “Ela está arrasada pelo que aconteceu”, disse um deles. Claudia estava mal pela internação da avó, Nilza Leite, que faleceu poucas semanas depois. “Ela é a neta preferida”, disse uma das assessoras.
Apesar dos momentos difíceis, a cantora não perdeu o rebolado, literalmente. Quatro dias após a morte da avó, já estava pulando em cima de trio elétrico no Amapá. Diz que sua vida parece um filme, com trilha sonora e tudo. “Acho que vim de lá do céu com a música no chip”, brinca.
É claro que o principal som não poderia ser outro que não fosse o axé. Nascida no Rio de Janeiro, a cantora foi para Salvador ainda bebê e cresceu influenciada pelo ritmo. Não à toa. Atrás da casa da cantora havia a sede do Olodum e também a residência de um dos maiores nomes do samba baiano, o já falecido Batatinha, que era seu vizinho. “Fui escolhida pelo axé. Não tinha como não cantar músicas relacionadas à Bahia. Lembro que colocava uma saia bege e amarela da minha babá e ia pra casa dele (Batatinha). Rolava samba e roda de viola. E eu lá no meio.” 

A TODO VAPOR
Aos 31 anos, o corpo definido de Claudia Leitte faz inveja a muitas garotinhas. Ela diz que não se esforça para mantê-lo, porque o cotidiano agitado em cima dos trios elétricos ajuda a esculpir as formas. “Faço muitos shows aos fins de semana. É isso que me dá preparo físico para o Carnaval.”
Mas, como toda mulher, acredita que poderia estar melhor. Tem mania de prometer para si que vai fazer algo para aprimorar o condicionamento no Carnaval, mas não consegue inserir outras atividades ao dia a dia. “Acabo perdendo peso porque não consigo conciliar a rotina com a academia.” O que faria muita mulher pular de alegria é uma preocupação para a cantora. “Não acho bom emagrecer muito, acabo queimando minha massa muscular, não tenho excesso de gordura.”
O segredo dela para manter as curvas e ganhar energia é adicionar um shake de proteína e carboidrato ao cardápio. “Tudo isso é pensando no trabalho, para que eu tenha estrutura para trabalhar, manter o ritmo no Carnaval. Para o meu corpo, o que vier é lucro.”

TEMPO DE FOLIA
Foi-se o tempo do Carnaval das marchinhas de rua, voltado para a cultura e expressão popular. Com o passar dos anos, o movimento tornou-se mais comercial e – por que não dizer? – elitizado. Nas avenidas do samba espalhadas pelas principais metrópoles, carros alegóricos megalomaníacos e corpos expostos ao exagero pintam a imagem do Brasil para o Exterior. Claudia vê a mudança com bons olhos, mas acredita que estrangeiros ainda têm muito o que conhecer por aqui. “Eu acho bonito que tenha corpos no Carnaval. Tem gente que quer pôr o peito pra fora, tem gente que quer beijar na boca, mas não é só isso. Há muito mais que essa coisa tupiniquim de penachos, bundas e peitos. Acho que nosso Carnaval é pouco explorado e conhecido lá fora.”
Apesar disso, artistas gringos do naipe de Bono Vox, do U2; do produtor musical norte-americano Quincy Jones; de David Guetta e de FatBoy Slim já tiveram a experiência de tocar em cima do trio. “O Carnaval é muito importante para nossa economia e cultura. Expõe nossa maneira de receber bem, de ser um povo que luta contra as adversidades e que transforma as coisas mais simples em arte”, opina a cantora.
No Nordeste, os trios elétricos são febre, e lá Claudia é princesa de um reinado liderado pelas veteranas Daniela Mercury e Ivete Sangalo, com quem jura não ter nenhuma rivalidade. “É lenda. Acho que vendem mais revista com isso. Daniela e Ivete têm mais tempo de carreira que eu, são divas. Sou apaixonada pelas duas. São minhas referências de sucesso.”
Mas a mídia não cansa de publicar o contrário. Fato que chegou a preocupar Claudia no início da carreira, mas que hoje não tem a menor importância para ela. “Não tenho espaço para nada disso na minha vida. No começo, eu até pensava se as duas achavam que eu não gostava delas por causa de tudo o que sai na mídia. Achei que elas podiam pensar mal de mim por causa disso. Mas hoje digo que só tem paixão e admiração.”

PASSEANDO POR OUTROS RITMOS
Não há dúvidas de que o som do axé transita pelas veias da cantora. Aliás, por todo o corpo, que se move com naturalidade em cima do palco ao som das canções agitadas. Em 2011, no entanto, Claudia experimentou um pouco das sensações de outros ritmos. Participou da última edição do Rock in Rio e acabou vaiada pelos metaleiros, embora negue o ocorrido. “Não teve vaia nenhuma. Não ouvi isso. Foram pouquíssimas pessoas que fizeram e levaram para a internet.”
A cantora, que não tem sangue de barata, fez questão de responder às críticas e a polêmica veio à tona.“Tudo ficou pior por minha culpa, porque respondi e acabei jogando um holofote nessa questão. Há muitas pessoas maldosas. Hoje em dia não responderia mais. O Rock in Rio foi perfeito.”
Além do rock, Claudia Leitte misturou seu axé baiano com a música pop porto-riquenha do ex-Menudo Rick Martin, com quem gravou o clipe Samba. “Foi lindo gravar com o Rick. Ele é um cara espetacular, ser humano de ouro e artista fenomenal”, elogia.

FAMÍLIA EM PRIMEIRO LUGAR
Para Claudia, a família está no topo da lista de prioridades. “Esqueço de mim, saio me abotoando no carro, não como, deixo para beliscar algo na rua, mas estar do lado do meu filho e da minha família é essencial.”
Na época de Carnaval, a estratégia para não ficar muito tempo longe é usar ao máximo as facilidades do transporte aéreo para trabalhar e voltar correndo. “Vou de helicóptero, canto no trio e volto para casa”, explica.
A cantora é tão ‘família’ que havia planejado aumentar o número de herdeiros em 2011. Porém, as coisas não aconteceram como almejava. “Planejei para o início do ano gerar mais um filho, mas não foi vontade de Deus e me replanejei. Pedi, então, que enviasse um menino tão maravilhoso quanto o Davi quando Ele achar que é o momento certo. E vou esperar.”

A cantora é ambiciosa. Quer família grande e não pretende parar no segundo rebento. “Por enquanto, quero três filhos. Mas ainda não sei se ficamos nisso, vamos ver o que dá.”
O amor pela família é tão intenso que, durante a entrevista, ela fica vários minutos só divagando sobre o empresário Márcio Pedreira e o filho Davi, de quase 3 anos. “Tenho sorte de ter casado com um homem tão lindo e que é ainda mais gato por dentro do que por fora. Meu filho também é lindo demais e será um grande homem. Um dia vou partir deste mundo e deixá-lo. Mas sei que meu filho será um homem especial.”
                                                     ( Fonte: Equipe ViciadaCL )

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